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                                                      Jesus e a Figueira Estéril









Era manhã de segunda feira, inicio da semana em que ocorreu a paixão de Cristo. Jesus e os discípulos estavam saindo de Jerusalém em direção à cidade de Betânia, à beira do caminho e ao longe, podia se avistar uma frondosa e convidativa figueira. O evangelista Marcos sobre a árvore comenta: “A figueira não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos” Mc 11:13.

Figueiras são muito comuns na Palestina onde se pode encontrar pelo menos três espécies da planta.
- O figo precoce que amadurece no final de Junho
- O figo de verão que amadurece em Agosto
- O figo de inverno que é maior e mais escuro e também permanece na figueira por mais tempo, chegando a ser colhido, por vezes, na primavera.

Vale lembrar que na figueira, o que aparece primeiro são os frutos e depois as folhas. Portanto, e m uma figueira com muitas folhas, seria normal encontrar frutos. Vamos examinar o que diz os Evangelhos sobre o encontro de Jesus com a figueira infrutífera:

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempos de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Mc 11:12-20”.

Mateus descreve a passagem de forma diferente ao que provoca certa polêmica quanto à interpretação: “A figueira secou imediatamente, vendo isso os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!” Mt 21:19.

Teria a figueira murchado imediatamente como afirma Mateus, ou tempos depois de Jesus ter orado decretando sua morte como diz Marcos?   Esclarecer o tempo exato em que a figueira morre, pode ser útil, mas não é o que há de mais importante na passagem. Os céticos se prendem aos dilemas de interpretação para fundamentarem suas descrenças, desprezando o contexto. Para o crente, contudo não é a dúvida que prevalece, mas a certeza de que o milagre aconteceu na hora e no tempo certo sendo para Deus possível todas as coisas.

Jesus poderia ter abençoado a figueira e fazê-la dar muitos frutos, mas por que escolheu o contrário? Isso é intrigante para muitos. O Mestre da vida havia ressuscitado mortos, curado doentes, expulsado demônios e ensinado pacientemente a pecadores, por que não transformar a figueira de infrutífera para frutífera? É uma pergunta interessante para se fazer. Consequentemente a resposta nos seria ainda mais surpreendente se considerarmos alguns dos acontecimentos ocorridos naquele dia na vida de Jesus e dos discípulos.

Primeiramente, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, Ele é aclamado pela multidão como “filho de Davi, o que veio em Nome do Senhor” Mt 11:9. Não obstante os corações cheios de fé, manifestando a chegada do Reino de Deus, estavam presentes ali os fariseus, revoltados, cheios de ódio e inveja pedindo silêncio para as crianças que louvavam a Jesus.

Depois desse acontecimento, Jesus se dirige ao templo e  expulsa os cambistas que faziam do local ponto de comércio: “está escrito, a minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” Mt 21:13.

Uma parada em Betfagé
Depois disso, Jesus e os discípulos seguem em direção a Betânia. Sabem qual região está situada entre Jerusalém e Betânia? O povoado de Betfagé. Muito provavelmente foi neste local que aconteceu a morte da figueira sem frutos. Betfagé significa “casa dos figos” um povoado repleto de figueiras! Mas uma delas chamava à atenção porque estava à beira do caminho e se mostrava promissora quanto aos frutos, apesar de não ser tempo de frutos. A cidade das figueiras foi onde Jesus parou para “saciar a fome” Mt 21:18, mas não encontrou um figo sequer.

Assim como o templo “casa de oração” havia se transformado em covil de salteadores em demonstração de hipocrisia religiosa, a “casa dos figos” também dava demonstração de hipocrisia ao demonstrar na aparência aquilo que não era. Assim como o templo de Jerusalém simbolizava os rituais farisaicos que externavam vaidade e desamor, sem frutificar para matar a fome dos necessitados de espírito, a figueira igualmente passava essa mensagem.

O prejuízo causado pela religiosidade dos fariseus era enorme, um sistema totalmente corrompido por interesses pessoais e distância de Deus, ao que Jesus muito criticou: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais que vós”! Mt 23:15

Aquela figueira sem frutos, mas com muitas folhas era um engano! Ela atraia os famintos, mas não saciava a fome. Verdade é que dava sombra, assim como dava sombra fazer parte do sistema religioso da época: status, regalias, fama, comodidade. Mas não bastava dar sombra, era preciso frutos, frutos!

A Benção e a maldição
“Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidares, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração crendo, recebereis” Mt 21: 21-22.

Cumpre-se nas palavras finais de Jesus junto a figueira, uma grandiosa lição sobre fé e oração. A decepção com a “casa de oração”, transformada em covil de salteadores, não era o único lugar a se recorrer para alcançar o milagre. Não era necessário fazer parte de um sistema, de uma religião para ser ouvido por Deus. Era preciso ter fé, não duvidar, não ser hipócrita a ponto de querer demonstrar aos homens algo que não era. A mentira e a esterilidade espiritual não eram requisitos para alcançar e ser alcançado por Deus. Essa natureza deveria morrer, assim como morreu a figueira. E morrendo era necessário que surgisse um novo e sincero ser, capaz de buscar a Deus em oração para ver a transformação.

Jesus não destrói algo se não for para cumprir um objetivo maior. Essa lição está presente nos Evangelhos, na figueira morta. Ele mesmo se entregou à morte para que através desse acontecimento, houvesse vida para todos os que cressem. E Ele fez isso sendo inocente, simplesmente por amor. O melhor de tudo é que Ele venceu a morte, tendo ressuscitado para resgatar um povo para Seu Reino. A morte da figueira é a o que de melhor pode acontecer quando essa figueira em si é a própria morte. Uma morte que pode ser vencida pela vida de Cristo. 

Deus nos abençoe.

                                                                                                                               

                                                                                                                                             Autor: Wilma Rejane







                                                   Como Satanás Age Contra a Igreja?

Muitos tem uma visão errada sobre satanás. Alguns pensam que o diabo é um ser totalmente inofensivo, como um leão velho e desdentado ou uma serpente sem veneno. Há outros que acham que o diabo jamais pode oferecer qualquer ameaça ou perigo para o crente. Alguns pensam que a igreja está ilesa a todo o ataque do adversário. Certa vez um presbítero disse que o diabo tinha medo dele, não passava perto da sua casa, nem muito menos podia ter acesso à sua igreja. Essa visão romântica e irreal traz sérios prejuízos para o crente.

COMO SATANÁS AGE CONTRA A IGREJA?
 

1. ELE FURTA A PALAVRA DOS CORAÇÕES.
Jesus contou a parábola do semeador que saiu a semear (Mt 13.1-23). A semente que caiu à beira do caminho foi pisada pelos homens e comida pelas aves do céu (Lc 8.5). Jesus, interpretando a parábola, disse que essas aves simbolizam o diabo, que vem e arrebata a palavra do coração para que a pessoa não creia nem seja salva (Lc 8.12).

Aquela mensagem que fere o coração, que revela ao homem sua indignidade e a hediondez do seu pecado, que mostra a necessidade urgente de seu arrependimento e a inevitabilidade do juízo, essa é a mensagem que o homem pisa, pois ela golpeia o seu orgulho e o humilha até o pó. Dessa mensagem o diabo tem medo e faz de tudo para furtá-la do coração do homem.

2. ELE SEMEIA JOIO NO MEIO DO TRIGO.
Jesus fala que, enquanto os filhos do reino estavam dormindo, veio o diabo e semeou o joio, filhos do maligno, no meio do trigai de Deus, a igreja (Mt 13.24-30, 36-43). O diabo age aqui não de fora para dentro, mas de dentro para fora. Ele colocou os seus agentes dentro da igreja. Pessoas com aparência de crentes, com o nome de crente, usando jargões de crente, mas na verdade são filhos do maligno. Estão na igreja, são membros da igreja, mas pertencem ao reino das trevas, são filhos do diabo; preste atenção ao fato de que o diabo semeou seus filhos no meio da igreja, porque esta estava dormindo. Enquanto a igreja dorme, o diabo trabalha.

3. ELE INTERCEPTA A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DOS SANTOS.
Daniel, vivendo na Babilônia, sob o governo de Ciro, rei da Pérsia, estava orando e jejuando durante 21 dias. A Bíblia diz que Deus ouviu e deferiu a oração de Daniel desde o primeiro dia em que o profeta dirigiu aos céus a sua oração. Todavia, o anjo mensageiro que trazia a resposta ao profeta foi interceptado no caminho. Foi preciso que o arcanjo Miguel saísse em ajuda ao anjo mensageiro, para que Daniel recebesse a resposta.

Nós provocamos grandes reações no reino espiritual quando nos colocamos de joelhos para orar. O diabo treme quando vê um santo de joelhos. Quando a igreja ora, os céus se movem, o inferno treme, e coisas novas acontecem na terra. Nenhuma igreja pode estar preparada para a batalha espiritual se não tem uma vida de oração. As orações são os mísseis que atiramos contra o arraial do inimigo, desarmando suas ciladas e neutralizando suas estratégias. Quando a igreja permanece na oração, os anjos de Deus se agitam nas regiões celestes, guerreando em nosso favor.

4. ELE OPRIME PESSOAS COM ENFERMIDADES.
A Bíblia faz referência a algumas pessoas que o diabo oprimiu com enfermidade: é o caso de Jó, da mulher, filha de Abraão, que andou encurvada dezoito anos, (Lc 13.10-17), com um espírito de enfermidade, e de outras pessoas com surdez, mudez e loucura. As pessoas que sofrem dessas enfermidades precisam ser libertas do jugo do diabo. Foi isso que Jesus fez com aquela pobre mulher que andava cabisbaixa durante dezoito anos. Há pessoas que vivem debaixo desse terrível cativeiro de uma enfermidade provocada pela ação do maligno. Precisamos ter discernimento para não cairmos no pecado dos amigos de Jó, que viram a sua grave enfermidade procedente das mãos de Deus. Mas, quando lemos o livro de Jó, descobrimos que por trás de todo aquele espetáculo de sofrimento e dor estava a mão iníqua de Satanás. E o Senhor permitiu toda aquela tragédia na vida de Jó para que Satanás saísse derrotado e Jó mais fortalecido.

5. ELE RESISTE A OBRA MISSIONÁRIA.
Paulo, escrevendo sua primeira carta aos Tessalonicenses, fala que Satanás lhe barrou os passos quando estava empreendendo uma jornada missionária (1 Ts 2.18). O diabo odeia a obra missionária. Ele a persegue com toda fúria. Ele agiganta os seus esforços para barrar o ímpeto evangelístico da igreja e a arrancada missionária do povo de Deus. Não há missões sem batalha espiritual. Por isso não há missões sem oposição sistemática do reino das trevas.Entrar em missões é pisar num campo minado pelo inimigo. Todavia, a igreja não pode intimidar-se nem recuar por causa da fúria do inimigo. A resistência dele não pode deter o avanço da igreja. Deus não promete ausência de lutas, mas garante vitória segura.

6. ELE ATORMENTA AS PESSOAS EM CUJO CORAÇÃO NÃO HÁ ESPAÇO PARA O PERDÃO.
Quem não perdoa não tem paz. Quem guarda mágoa no coração e nutre ressentimento na alma vive atormentado (Mt 18.23-35). Paulo, em Efésios 4.26 e 27, diz que a ira é uma porta de acesso que o diabo encontra para atormentar a vida de alguém. Quando uma pessoa agasalha a mágoa e o ressentimento no coração, tornando-se azeda de ódio, o diabo assume controle de sua vida para lhe causar grandes danos. Jesus diz que o grande segredo para ministrarmos o perdão aos nossos devedores e aos nossos ofensores é reconhecer a grandeza do perdão que recebemos de Deus.

7. ELE USA A ARMA DA DISSIMULAÇÃO.
Paulo diz em 2 Co 11.14,15 que o diabo, se apresenta às pessoas disfarçado em anjo de luz. Vem com prazeres que atraem o espírito, com recompensas que satisfazem a alma. Foi com essa mesma arma que Satanás tentou Davi para fazer um recenseamento do povo, contando seus soldados para guerra. Assim Davi desviou os seus olhos do Senhor dos Exércitos, demonstrando confiar na força dos seus homens (1 Cr 21.1). O diabo sempre incentiva a ideia de o homem colocar a sua confiança em seus próprios recursos. O diabo é um grande dissimulador. Ele tem muitas máscaras. Sua grande plataforma é enganar as pessoas e ludibriá-las. A isso devemos estar muitos atentos.

8. ELE USA A ARMA DA INTIMIDAÇÃO.
O apostolo Pedro diz que o diabo anda ao nosso redor rugindo como leão, buscando a quem devorar (1 Pe 5.8). O leão ruge para espantar a presa. Ele ruge para que o animal que está no esconderijo, protegido, em segurança, saia e assim seja atacado. Seu rugido é uma forma de intimidação. O diabo é destruidor. Ele age com grande fúria na terra, sabendo que lhe resta pouco tempo. Mas, fiquemos firques e confiantes no poder de Cristo.

9. ELE AGE NA DISSEMINAÇÃO DE ENSINOS FALSOS.
Paulo fala que nos últimos dias muitos obedeceriam a ensinos de demônios (1 Tm 4.1). O diabo é um grande inventor de religiões. É o pai de muitas doutrinas geradas nas sucursais do inferno, para desviar as pessoas da verdade. É o pai da mentira, que não suporta a verdade. Ele trabalha incansavelmente para criar novas doutrinas, novos credos, novas religiões. Temos de gritar como Isaías: “[...] à lei e ao testemunho! Se eles nâo falarem assim jamais verão a alva’’ (Is 8.20).

10. ELE ATACA A MENTE DOS HOMENS.
O diabo insinua dúvidas com respeito à veracidade da Palavra de Deus (Gn 3.1). Põe na mente das pessoas a falsa compreensão de que o caminho da cruz poderia ser evitado sem afetar em nada a nossa salvação (Mt 16.21-23). Também atira sobre as pessoas seus dardos inflamados, colocando na mente delas pensamentos impuros e malignos. A mente é um campo de guerra, em que o inimigo peleja incansavelmente.

CONCLUSÃO
Mas, como vencer o diabo?

1. REVISTA-SE DO PODER DE DEUS (EF 6.10). Efésios 6.10 nos fala da necessidade de poder. Quando olhamos para a igreja de hoje, constatamos algo de errado. A igreja está fraca, os crentes estão sem autoridade. Estamos como os discípulos de Jesus no sopé do monte da transfiguração; impotentes diante da terrível manifestação do diabo. Para confrontar o poder das trevas, precisamos do poder de Deus. Jesus disse que o poder para confrontar o maligno só se consegue com oração e jejum.



2. USE DE TODA A ARMADURA DE DEUS (EF 6.11,13). Paulo fala de sete peças dessa armadura. Sete é o numero da perfeição. É preciso revestir-se de TODA a armadura de Deus: 1. O cinto da verdade; 2. A couraça da justiça; 3. Os pés calçados com a preparação do Evangelho da paz; 4. O escudo da fé; 5. O capacete da salvação; 6. A espada do Espírito; 7. A oração. Se você deixar de usar uma dessas peças da armadura, não terá vitória nessa guerra espiritual.

3. MANTENHA VIGILÂNCIA CONSTANTE (EF 6.11). Ficar firme contra as ciladas é ficar atento, de olhos abertos, vigiando a todo instante. É ficar de prontidão para o combate.

4. NÃO CEDA ÀS PRESSÕES (EF 6.13). Se não estivermos atentos, corremos o risco de ficar revoltados e amargurados com Deus ao nos deparar com o dia mau. Precisamos ter discernimento para não cair nessa cilada do diabo.

5. NÃO ABRA GUARDA DEPOIS DE UMA VITÓRIA (EF 6.13). A nossa luta continuará até que o diabo seja lançado no lago do fogo. Enquanto aqui estivermos, viver é lutar.



                                                                                                                                          Autor: Pastor Josias Moura











                               Fazendo da Nossa Vida um Instrumento de Edificação

“ 13 Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. 14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. 15 Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. 16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem. 17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 18 Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. 19 Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.” (Romanos 14:13-19 RA)

1) Introdução
Os versículos escritos pelo apostolo Paulo no capitulo 14, tratam de nos mostrar que um dos alvos mais importantes da vida cristã é a consciência de que devemos viver para o bem dos outros e não apenas para o nosso próprio bem. E neste aspecto, o cristão mais experiente tem mais responsabilidade em ajudar ao mais novo na fé e ajuda-lo a crescer.

Assim, nossa forma de viver deve ser construtiva para outros, levando-os a experimentar crescimento espiritual.

Nos versos do capitulo 14, Paulo não esta preocupado em tratar de como deve ser a vida de um cristão na sociedade, mas ao contrário, ele discute acerca de como deve ser a nossa vida na comunidade dos irmãos.

Ele esta preocupado com este assunto, porque muitos cristãos na igreja romana estavam vivenciando conflitos causados por diferenças de opiniões (14:1), ou porque alguns consideravam que uma determinada forma de se alimentar era melhor do que outra (14:6) ou um dia mais especial do que outro.

Paulo responde a estes cristãos dizendo que: “o reino de Deus não é uma questão de comida ou de bebida, mas de viver corretamente em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá.” (Rm 14:17).

Paulo nos ensina aqui, que a vida de um filho do reino de Deus, é uma vida de alegria no Espírito. Quando nossas opiniões nos levam a entrar em conflito com nossos irmãos, podemos perder a alegria de sermos filhos do reino. Quando nossa visão pessoal, nossos conceitos próprios, ou nosso eu, nos levam a ter conflitos com outros, podemos perder a alegria de sermos filhos do reino. É por isso, que muitas pessoas estão dentro de igrejas sem experimentar a alegria “…que o Espírito Santo dá”. v.17

Assim amados, a verdadeira essência da vida cristã esta fundamentada em vivermos para produzir o bem em outros. Assim fazendo, estaremos promovendo a glória do reino.

Lembremos do que nos ensina Paulo: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31).

2) É aqui neste ponto de nossa reflexão que iremos tratar de responder a seguinte pergunta: O que devemos fazer para que nossa vida seja um instrumento de edificação para os nossos irmãos?

2.1 - Fujamos de juízos precipitados: “não nos julguemos mais uns aos outros…” v.13
Julgamentos precipitados podem trazer profundos prejuízos espirituais para outras pessoas, ou podem nos levar a fazer avaliações erradas trazendo prejuízos para nós mesmos.

Ate mesmo homens de Deus podem ser influenciados por juízos precipitados.

Quando Samuel foi a casa de Jessé, ele viu Eliabe, um dos filhos de Jessé e julgou que Eliabe era a pessoa escolhida por Deus para governar Israel. (I sm. 16:6). Deus lhe responde: “Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração.”

Samuel poderia ter tomado uma decisão errada se continuasse a ser conduzido pelo seu próprio julgamento.

Quando Ló viu as campinas do Jordão, seu julgamento lhe fez escolher as terras que ele achava que eram melhores. As terras que julgou como ruins, deixou para Abraão. Seu julgamento precipitado lhe fez fazer a escolha errada, e mais tarde aquelas terras foram destruídas com fogo e enxofre, pois ali surgiram pessoas ímpias que construíram cidades como Sodoma e Gomorra, conhecidas pela imoralidade e pecado.

Quando Eva viu a arvore do conhecimento do bem e do mal, julgou precipitadamente que seus frutos eram bons para se comer. Seu juízo lhe fez pecar gravemente contra Deus e perder muitos dos privilégios que tinha no Edem.

Aprendamos a pedir discernimento a Deus sobre pessoas e circunstancias para que não venhamos a pecar contra Deus.

2.2 - Tenhamos sempre como meta viver em amor: “…Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal.” V.15
No contexto deste verso, Paulo esta dizendo que se fazemos alguma coisa que entristece o nosso irmão então não andamos mais em amor fraternal.

Para entendermos o que é o amor fraternal precisamos compreender como Deus nos ama:

Deus nos ama, apesar de nossos inúmeros defeitos e pecados. João 3:16 diz que Ele amor ou mundo e deu seu filho unigênito. Ele fez isso por causa de seu amor, mesmo sabendo que nós somos pecadores.

Deus nos ama, apesar de sermos fracos e inconstantes. Pecamos constantemente contra Deus, mas apesar disso Ele permanece fiel.

João nos ensina que “Deus é amor” (I jo. 4:8). Assim, tudo que Deus realiza em nosso favor é por causa de seu amor. Paulo escreve em Rm. 5:8: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”.

Portanto, se Deus no ama, apesar de sermos fracos, falhos e muitas vezes inconstantes, então devemos amar àqueles que julgamos ser mais fracos. Quando fazemos isso, estamos agindo como Deus age em relação a mim e a você.

2.3 - Procuremos sempre o que promove a paz: “…Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.” V.19

Conta-se que certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz. Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.

O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo. Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate: – "Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?" E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse: – "Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?"

O juiz ponderou: – "Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos".

Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender, pois a presença do evangelho em nossas vidas faz exatamente isso. Essa presença promove um cenário de paz em meio a situações de tempestade ou guerras.

O reino de Deus é um reino de paz. Pessoas que promovem perseguições e conflitos em nome da religião não estão agindo como genuínos representantes do reino de Deus. Paulo recomenda-nos em Romanos 14:19: “Por isso procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que nos ajudam a fortalecer uns aos outros na fé”.

Vivemos num mundo onde há conflitos entre países. Nos países oriente médio temos visto ultimamente muitos conflitos ocorrerem e milhares de pessoas tem perdido a vida. Há muitos conflitos nas famílias. Divórcios tem aumentado cada vez mais. Muitos não conseguem mais viver para superar seus conflitos. Preferem optar pela separação. Temos visto filhos em conflitos com seus pais. Alguns até tiram a vida de seus pais. Presenciamos a falta de paz em muitos setores da sociedade. Alias, a ausência de paz, será uma das características dos últimos dias. Jesus profetizou que haveriam guerras e rumores, pais contra filhos e filhos contra pais.

Minha para você nesta ocasião é: Neste contexto, será que temos vivido como promotores da paz? Será que em situações de conflito agimos para estabelecer a paz ou nos comportamos de outra forma?

Em 1 Coríntios 14:33 o apostolo declara: “…pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz. Como em todas as igrejas do povo de Deus…”.

3) Conclusão
Falamos nesta ocasião, que devemos transformar nossas vidas em um instrumento de edificação. Para isso precisamos fazer pelo menos três coisas: Fugir de julgamentos precipitados, viver em amor e sempre procurando promover a paz.

Em Romanos 15:2, Paulo nos desafia: “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” Vivamos para produzir o bem e a edificação dos nossos irmãos. Afinal, a verdadeira vida cristã tem isto como um de seus grandes objetivos.

Que nos abençoe!



                                                                                                                                            Autor: Pr. Josias Moura











 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 







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